O Jogo das Desigualdades Étnicas Raciais fomentou o debate sobre o lugar dos negros e indígenas na sociedade

por Analista de Comunicação publicado 14/05/2019 11h29, última modificação 06/03/2020 14h01

Na última quinta-feira, dia 09/05, os alunos tiveram mais uma oficina para debaterem e discutirem sobre o tema do Parlamento Jovem desse ano. A atividade tinha a finalidade de fomentar o debate sobre as desigualdades sociais produzidas a partir de traços raciais e étnicos, e refletir quais as causas trouxeram essa realidade.

 

A dinâmica trazia 12 perguntas que deveriam ser respondidas com sim ou não. A cada resposta, os grupos acumulariam cartões verdes para os "sim" e cartões vermelhos para os "não".  Os questionamentos abordavam a representatividade de negros e indígenas em cargos do poder executivo, legislativo e judiciário do município e em posições de destaque na cidade. O resultado foi que os grupos acumularam mais cartões vermelhos do que verdes, mostrando que a desigualdade ainda faz parte da sociedade.

 

 

Em debate, os alunos reconheceram que ainda há muita desigualdade, principalmente, nos setores citados pela dinâmica. Disseram ainda que essa disparidade tem traços no passado e que concordam que há mais facilidades de acesso à educação para os brancos.         

Ao final, algumas estatísticas foram mostradas para os alunos, confirmando que a desigualdade étnica e racial no Brasil é algo estrutural. Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2016, a taxa de analfabetismo era de 4,2% para os brancos e 9,9% para pretos ou pardos. Além disso, os negros estão entre a maioria da população que recebe de 0 a 1,5 salários mínimos enquanto os brancos são a maioria que recebem entre 2 ou mais salários mínimos.